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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Meu herói

Sim, é para ele que eu escrevo hoje. Para o meu herói. Aquele que catava conchinhas na praia comigo e adorava explicar o mundo pra mim. Que sempre tinha uma resposta para tudo, mas que não tinha vergonha de dizer que não sabia... aprendi tantas coisas com ele: algumas coisas guardo até hoje, e ainda me servem, e ainda são tão verdadeiras... Outras devo ter deixado pelo caminho, no difícil exercício de crescer. Se me examino mais de perto, ele está sempre lá: aliás, aqui, dentro de mim... no meu jeito de pensar, no modo simples de ver a vida, achando que vai dar tudo certo. Não tem nenhum lado que eu olhe em mim mesma que eu não encontre em algum lugar. Dos homens da minha vida, ele sempre foi o que mais me deu apoio, me deu a mão. O braço e o abraço. Tinha muitos defeitos, eh certo, mas quase nenhum como PAI. Se os teve, não me lembro, não registrei. Prefiro lembrar de todo o tempo investido em me fazer crescer, me apoiar, me incentivar, me dar colo e carinho. Talvez ainda persista em mim aquela menininha que insiste em vê-lo como herói... o meu! Sempre me fez sorrir, tinha certa incapacidade em me fazer chorar. Mas sempre me fazia feliz. Para ele, todo o amor do mundo.... todo o meu amor. Para ele, as minhas preces, orações e boas energias. Por ele, a minha caminhada, a minha luta, a minha estrada. Porque se fosse para escolher de novo hoje, amanhã ou nos próximos mil anos, quando não mais houver tempo,  nem espaço, nem matéria, nem nada, escolheria sempre ele como meu pai. ❤️

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Um ano que passou....

Demorei um ano para criar coragem de escrever este texto. Um misto de fortes emocões, saudade, tristeza....Mas preciso escrever. Para mim. Para repassar estes ultimos dias quantas vezes precisar. Para nao ficar confusa com os fatos ocorridos. Para manter nossos últimos dias vivos.

dia 23/01/16 almoçamos no Matsuri. Sempre achei tao gostoso ver como vocë comia com tanto gosto tudo o que colocava no prato. E comeu com tanto gosto aquele sashimi.... Saímos de lá e paramos para um sorvete. A tensao no seu rosto era evidente e quando aquela moto passou estridente vi vocë xingar.... "posso xingar ne?" Pode, pai. Pode sim. Pensei que vocë precisava extravasar aquela agonia que corroia sua mente e seu coraçao.

dia 24: levei vocës cedo para o hospital. Cada vez que passo em frente ao Vicente Rio lembro de vocë falando: abriu o sinal. Mas era o sinal errado. Sua ansiedade estava a flor da pele. Chegamos ao hospital e logo vocë estava acomodado no quarto. O médico, já nao lembro se dr. Guilherme ou dr. Celso veio e pediu exames. Nao deu certeza se operaria na segunda ou terça.  Foi pedido doadores de sangue. O Ju foi doar sangue pra vocë. 10 bolsas de sangue. Conseguimos rápido acho que até sobrou..... Resultado dos exames mostrou que a cirurgia podia ser feita na segunda. Acertei com a enfermeira de voltar as 2hs da manhä para acompanhar ao centro cirurgico e ficar com a mae. Os meninos estavam preocupados. O Ju devia estar em Sao Paulo trabalhando, mas trocou a passagem para ficar para a cirurgia.

dia 25: nunca te vi tao nervoso. Na sala do pré-cirúrgico, vi vocë verde. Parece que nem respirava. Por muito tempo me perguntei o que será que vocë pensava nessa hora, mas imagino. O dr. Guilherme passoi e novamente alertou para a gravidade do quadro. Falou que precisávamos rezar muito. Vocë foi para a sala de cirurgia e lá ficamos nós, eu e a mae, naquela salinha que temeríamos nos próximos dias..... Subimos para o quarto e a mae tirou um cochilo. Almoçou e descemos para a salinha de novo. O Didié não conseguiu subir, mas a Cintya conseguiu burlar e entrou contando da cirurgia. A mae começou a chorar e eu tive que mandar ela embora do hospital. Foram feitas 3 safenas e nao foi feita a válvula. Dr. Icanor Adriano ficaram ali com dr. Celso acalmando a mae e explicando que a vávula poderia ser feita em um mës por outro método, menos invasivo. Acordou as 1h agitado, deram um sedativo e vocë relaxou.Fomos na visita noturna. Pressão 14x sem febre. A mae pegou na sua mao e vocë acalmou....Apesar do desespero da mae, eu agradecia porque vocë estava vivo. Viemos dormir em casa. Agora era torcer, rezar e acreditar. E eu acreditei sempre ....

dia 26 : explicaram que nao fazer a válvula foi uma decisao médica para preservar sua vida. Vocë passou a noite agitado e a nossa expectativa de chegar e vë-lo desentubado nao aconteceu. Estava amarrado na cama e, vamos falar a verdade, essa cena é muito dura. Todos aqueles equipamentos, mascara e ver amarrado.... foi difícil. Nao tao difícil quanto foi pra vocë, com certeza.....Conversei e falei baixinho pra vocë ficar tranquilo que a cirurgia tinha dado certo e que vocë precisava ficar calmo para a enfermeira conseguir titar o tubo. Vocë pediu água. Estava bastante incomodado....A tarde foi constatada pneumonia. Entraram com antibiótico imediato. Segundo o dr Icanor o quadro evoluia bem....Quando fomos na visita noturna vocë tinha ido fazer raio X o pulmao esquerdo estava bem fraquinho.

dia 27: desentubado e lúcido. Chegar na visita e ver vocë fora de todos queles tubos foi magnífico. Eu considerava cada passinho uma enorme vitória. E era. A tarde o Di foi com a mae. Falou que nao tinha infecçao e os sinais vitais estavam bons. A noite chegamos e tinham tirado 2 drenos. Retirando lentamente os medicamentos e entrando com alimentaçao por sonda. Dr. Icanor contou que a noite foi agitada e vocë tinha derrubado tudo por lá.

dia 28: chegamos para a visita da manhã e vocë tinha tido 2 paradas. Foi muito difícil. Pensar em vocë e acudir a mae que estava completamente transtornada. Acho que só aí ela entendeu a gravidade do seu quadro. Coma. O quadro de moderado foi a grave. O coma naao era induzido.  Medicado para manter a pressao e marcapasso para ajudar. Encontramos a Dania e mais tarde ela ligou falando que os sinais estavam estáveis e a pressao boa mas o quadro era preocupante. E aí ouvims a frase: agora as próximas horas sao decisivas. O dr. Dan disse na visita da tarde que quando mexeram com vocë , reagiu. Agora entendo o quanto vocë lutou.... Reagiu a minha voz e abriu um pouco os olhos na visita da tarde. A noite encontramos vocé acordado numa surpreendente reaçao positiva. O rim começou a falhar aí....

dia 29: chegamos para te ver e seu rosto acordadinho á procurava por nós na porta. Escreveu até bilhetinho, estava confuso mas a letra inconfundível perguntava de uma kombi....Fomos avisadas que poderia precisar de hemodiálise. Na visita da tarde, estava sem febre e a infecçào cedendo. Deu até risada, bem mais lúcido e previsao de enfim tirar o tubo respiratório. Eu te falava o tempo todo: pai, colabora que logo a gente vai pro quarto.... A noite tiraram o diurético. Eu falei: pai o senhor esta de parabéns. E voce respondeu com a voz rouca: nossa família é que está de parabéns. Brincou que nem era louco de brigar com o dr. Previsao de entrar com dieta fora da sonda. "Eu quero limonada".

dia 30: uma leve arritmia medicada que logo reverteu. Depois do almoço estava em casa cochilando quando a Cláudia ligou: "aren faz a limonada e leva pro seu pai. O dr. liberou." Fiquei tao feliz que até tremia. Corri pra casa da mae e eu e o u ficamos procurando limoes. Chegamos para a visita e nao pudemos entra. Tinha ocorrido umtiroteio na noite anterior e vários baleados estavam no hospital que estava ameacado. Choro da mae. Mas conversei com o guardinha fizemos um bilhetinho e a limonada subiu. A noite sem visitas mesmo, mas foi entregue outra limonada. A Dania foi no hospital e falou com voce. Estava com a pressao controlada e boa diurese.

dia 31: pra mim foi seu melhor dia. Animado falante, quase feliz. dr. Icanor liberou iogurte e macà.. Graças a Deus vocé não lembrava de nada do que tinha passado. Quando cheguei vocë me chamou. Estava assistindo a missa e falou: "estava ouvindo o padre e agora entendi o poder da fé...".  Oh pai que coisa boa.   Saímos do hospital direto pra feira comprar macas e depois iogurte. A Dania te viu pelo corredor almoçando. Na visita da tarde estava bem falante, tomou iogurte que fomos buscar. A noite perguntou o que foi feito na cirurgia e falamos que foi feito o que foi possível, para vocë concentrar forças e ir pro quarto.

dia 01: reclamou que não deram a maçà que estava com fome fazendo top top top com a mão. Foi até engraçado....A tarde atrasou a visita porque vocë estava fazendo tomografia. Tinha tido um pequeno AVC. Quando entrei no quarto e vi aquela maquina de hemodiálise paralisei....O quadro voltou a ser grave, pressao baixa. A mãe desmoronou. Segundo a Dania a piora dos rins foi em função do acúmulo de uréia e acúmulo de líquidos. Complicava por conta da idade, pós-cirurgico doenças pré e pneumonia... Bebeu água de coco geladnha....Estava corado estava deitado de lado para descansar. Segundo a Dania nao tinha mais infecçao. O rim nao dava conta de tanta uréia e medicamentos. Confirmado o AVC.

dia 02: o quadro agravou. O médico plantonista avisou que talvez entubasse. Vocë ficou muito agitado quando chegamos e os batimentos chegaram a 136. Aplicaram noradrenalina porque a pressao estava bem baixa e em poucos minutos normalizou. A mae ficou muito nervosa com o quadro. A hemodiálise modificava o quadro,, porque era mais uma porta de entrada para infecçao. Tudo o que vocë pedia agora era um banho de chuveiro, lucido. Na visita da tarde o Di foi com a mae e falou que estava tudo normal.á a mae falou que os médicos estavam tentando entender tanta Nao sabiam de onde vinha a infecçao. O quadro piorou. Mensagem do dr Icanor: pós operatório  igual ao do seu pai e preocupante 78 anos, AVC prévio pressao alta, infecçao pos operatorio, rebaixamento de consciencia....

dia 03: chegamos para a visita da manha e encontramos vocé em coma apos uma parada de 6 minutos. Assim que voltou da parada reagiu a estímulos. Daí ouvi do enfermeiro a frase: "nao há mais nada que a medicina possa fazer" . Mas é tao estranho, que na hora a gente nao se dá conta do recado que está sendo dado. Nao entramos para a visita. Descobriram que a infeccão vinha do pulmao. Na visita da tarde a mae concordou em subir, só para te olhar. Vi que ela estava mal e pedi para chamarem o Di para ela descer pro PS. Fiquei ali, com vocë naquela caminha que foi a primeira e a última. Pude me despedir apesar de ainda te chamar para ver a casinha na praia. Assim qua saímos do hospital chamei os meninos para virem a Londrina. Assim que chegamos na mae ligaram do hospital. Foi o pior momento da minha vida. Voltar lá para me despedir. Seu rosto sem dor mas com os dentinhos de fora passaram a mensagem de como vocë lutou. Me deram uns minutos onde só meu coraçao falou. Foi maravilhoso partilhar esta parte da minha vida com vocë.



Nesse ano que passou aconteceu muita coisa que vocé nao "viu". Algumas, tenho certeza que nem ia querer ver mesmo. Outras, seriam tao bacanas de compartilhar com vocë. Mas a vida tem essas coisas: ela continua. E eu tenho que fingir que tudo está bem dentro de mim. Mas isso é outra história.
Agora sei que és meu anjo da guarda e nao fico envergonhada de te pedir socorro quando preciso. Seus ensinamentos seus sorrisos, tudo tudo tudo está presente todos os dias. Até um dia papai. Te amo muito.







terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Papai, até breve....

Quando eu cheguei a este mundo, não sabia ao certo o que estava fazendo aqui, até que percebi que havia alguém para me orientar na jornada. Um dia, quando você me ergueu nos braços, elevando-me acima da sua cabeça, descobri que você queria que eu percebesse o mundo de um ponto de vista muito abrangente. Quando comecei a ensaiar meus primeiros passos, com a musculatura das pernas ainda frágil, você me sustentou segurando-me a mão, e entendi que você não desejava me carregar no colo para sempre: queria que eu andasse com as próprias pernas. Quando entrei em casa pela primeira vez, ofegante, me queixando dos amigos, você disse para eu me acertar com eles, e compreendi que deveria assumir a responsabilidade pelos meus próprios atos. Quando trouxe para casa minha primeira lição e você se sentou ao meu lado, orientando-me, mas não fez a lição para mim, entendi que você desejava que o aprendizado fosse uma conquista minha. No dia em que alguns objetos alheios foram parar em minha mochila escolar, você, sem me ofender, me pediu para devolver ao legítimo dono, e compreendi que você queria fazer de mim uma pessoa honesta. Quando, um dia, meus amigos saíram da sala e tracei alguns comentários maldosos sobre eles, e você me disse que não devemos falar mal das pessoas ausentes, aprendi as lições da sinceridade e do respeito. Nos momentos difíceis, você estava sempre ao meu lado para me apoiar, e nas horas alegres não me faltou o seu abraço para compartilhar. Quando fraquejei diante do primeiro embate da vida, você me falou de coragem... Quando chorei as lágrimas provocadas pelo primeiro sofrimento, você me falou de resignação... Quando desejei fugir dos compromissos que se apresentavam, você me falou de responsabilidade... Quando pensei em mentir para um amigo, você me falou de fidelidade... Quando senti em minha alma os açoites dos primeiros vendavais, você me falou de flexibilidade, e aprendi a me dobrar para não quebrar, como o pequeno ramo verde faz diante dos golpes do vento. Quando você pressentiu em meu olhar a insinuação da vingança, me falou do perdão... Quando desejei salvar o mundo, nos ardentes dias da juventude, você me ensinou a moderação e o bom senso. Quando quis me submeter aos modismos do grupo, você me falou de liberdade. Quando me iludi, pensando que o mundo era meu, você me falou do Criador do Universo... Assim, meu pai, desejo dizer que você sempre foi meu herói, meu amigo, meu grande mestre, meu companheiro de caminhada... Você foi firme, quando era de firmeza que eu precisava... Você foi terno, quando era de ternura que eu necessitava... Você foi lúcido, quando era de lucidez que eu precisava... Quando eu cheguei a este mundo, não sabia ao certo o que estava fazendo aqui, até que percebi que havia alguém para me orientar na jornada... Hoje, bem, hoje eu sei claramente o que estou fazendo aqui, porque você, meu pai, fez mais que apenas me orientar, você caminhou ao meu lado muitas vezes, me seguiu de perto outras tantas, e andou à minha frente muitas outras, deixando rastros de luz, como diretrizes seguras que eu pudesse seguir. Hoje eu sei muito bem o papel que me cabe na construção de um mundo melhor, porque isso eu aprendi com você, meu grande e admirado amigo... E quando eu vejo tantos jovens perdidos, sem rumo e sem esperança, vagando entre a violência e a morte, eu peço a Deus por eles, porque é bem possível que não tenham tido a felicidade de ter um pai como você... E peço a Deus por você, papai, meu grande amigo.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Tentando entender o "inintendível"

Dizem os estudiosos de psicologia que existe, dentro da área de análise do comportamento, que existe algo chamado "reforço", que pode ser positivo ou negativo. Não sei explicar exatamente o que é positivo ou negativo. Mas, tentando entender uma situação onde alguém é humilhado, rebaixado, menosprezado, abandonado e, anos mais tarde, simplesmente passa uma borracha em toda a dor, sem um pedido de desculpas, sem um único aceno de bem querer e entra de cabeça numa relação fadada ao fracasso. Ou não. Não consigo entender. Parece aquela doença chamada "Síndrome de Estocolmo", onde o refém apaixina-se pelo sequestrador. Parece um Alzheimer ao contrário. Talvez tenha sido um blefe, uma atitude irritada de uma criança mimada que não mediu as consequências. E agora? Como fica a vida? Quanto sofrimento para amadurecer, desnecessário.... É mais ou menos por aí, ouvir a defesa do que é indefensável, justificativas do injustificável. Claro.... penso sobre o que foi influência, quais os interesses e , se um dia, tudo pode voltar à normalidade. Observando o que acontece hoje, sinceramente, não sei.... Tempo, o senhor da razão. Tempo, a solução. Tempo, acalma meu coração. Come back, beautiful days....

domingo, 7 de setembro de 2014

Desapega

Pensei em vários títulos para este post, desde "quantas vezes a gente morre" ou "resiliência" e outros, mas acho que desapega fica mais adequado. Porque quantas vezes a gente morre? Vamos lá.... Esta semana minha filha foi embora de casa. Saiu na surdina, levando roupas, livros e acessórios. No dia seguinte, um wattsapp me informa que "vou ficar alguns dias na casa do meu pai, você cuida dos gatos?" Calma! Pára! Volta.... não, não achei motivo. Ela estava estranha a alguns dias, não falava comigo ea tensão foi crescendo. Mas eu não esperava isso. Nomeie como quiser esta atitude, eu ainda estou digerindo. Mas vai passar, isso também vai passar. E aí a vida segue. Deus tem um propósito para todas as coisas, porque agora seria diferennte? No tempo certo Ele mostrará o porque disso e sobrevivendo vamos em frente. Ah, sim, chorei litros. Semana muito difícil, domingo de chuva e , bem, desejando de volta meus "beautifuls days".

sábado, 31 de maio de 2014

De repente 50

Faz tempo que não passo por aqui. Pois é, já "digeri" minha experiência pública e, vou ser sincera, esta situação me trouxe uma descrença geral. Na política, no país, nas pessoas. Muita gente, muita ambição, pouco ou nenhum respeito. E eis que chego às portas dos 50. E....iupi, realizando um sonho, não sem sacrifício, não sem esforço, não sem aquele frio na barriga. É, este ano sai a viagem dos meus sonhos. Tudo, até aqui, bem encaminhado. Mas isso fica para outro post, pós viagem. De repente 50 remete a "uau, agora realmente acredito que já passei metade da vida". Questionamentos do estilo o que fiz, o que farei são constantes, mas a constatação de que a cada dia sei mais um pouco do que quero e também do que não quero me faz mais tranquila. É engraçado como a gente começa a olhar a vida por "olhos cor de rosa". Delimito bem melhor algums situações que antes me desgatavam. De repente 50 - e o trabalho fica mais leva, mais agradável. De repente 50 - e o amor acontece quando tiver que acontecer. De repente 50 - e eu consigo descansar um pouco mais. De repente 50 - e eu estou mais feliz! http://www.youtube.com/watch?v=ajVoeX4eqIQ

terça-feira, 2 de julho de 2013

Colheita

....baseado em fatos reais.... " - Natação Romero, boa tarde. - Gostaria de falar com a Karen. - Sou eu - Karen, quem está falando é o G. - G.... - G. B. - Ah! Oi, tudo bem? - Olha, eu pensei muito antes de te ligar, mas é que o F. está mal - Que aconteceu? - Ele tomou um monte de remédios sábado e ainda está grogue, amanhã vou levá-lo ao médico.Ele está muito bem, a empresa vai muito bem, mas ele sofre muito por causa da Isadora. - Mas isso foi por causa da Isadora? - Não, ele está bem, a empresa vai bem, mas a família deixa ele muito nervoso e a falta da filha deixa ele triste. Até peço desculpas pelas coisas que escrevi da última vez, mas é que o Fernando queria que ela levasse os papéis na empresa para ele e ela queria mandar por moto-táxi. Você sabe o histórico de depressão da nossa família, sabe , eu me senti muito culpado quando o A. se matou e eu não estava aqui. Fico preocupado que o F. não veja saída para a vida dele... - G. , eu vou começar uma aula, que você quer que eu faça? - Olha, em nome da minha mãe, quero que ela ponha a mão na sua cabeça, a gente sabe que a Isa te escuta muito, fala com ela. Peça pra ela vir conversar com o pai aqui em casa....2 minutos. Ele precisa de esperança. Ele veio aqui sábado e chorou muito, tá muito mal com a família dele, ela precisa dar esperança para o pai, ele sofre muito.... - Olha, o que eu vou te dizer é que o F. fez a Isa sofrer muito, mas vou falar com ela..... - Alías, você bloqueou o meu carro. - Não G. , quem bloqueou o carro foi o juiz, para pagamento de uma dívida de F. com Isadora. Eu não tenho nada com isso. - Então você me liga? - im. (G é meu ex-cunhado, F o pai da Isadora. Uma ação de execução de alimentos de 2001 que já passou por 8 - sim 8 - advogados enfim chegou ao fim. Estão bloqueados dois carros para garantir o pagamento da execução, uma vez que o pai amorosos nada tem em seu nome. Os papéis são do carro da Isa, que eu comprei por consórcio e ela pediu que ele assinasse como avalista. Ele negou-se.) Em 8 anos que o pai não fala com a filha, o único contato é por mensagens bem esporádicas que ele manda no meu celular. Negou-se a assinar os papéis para que ela fosse à Disney com 15 anos. Humilhou ela de todas as formas mais cruéis que um ser humano possa ser capaz. Desprezou-a como filha, dando um carro de presente ao enteado.Em todos esses anos nenhum, NENHUM deles jamais se preocupou com a Isadora, com o bem estar emocional dela. E agora que uma ação vultuosa chega à execução eles ficam cheios de amor? Não. Quem toma overdose de remédio é socorrido no dia. Não, não vou falar com a Isadora, ela tem provas. Não, não aceito acordo, chorumelas nem nada. E olha, depois de 8 anos de muitas ausências, não venha me dizer que vai se matar por ela. Cretino! Cuidei da minha filha até aqui e vou continuar fazendo isso, bando de safados. É, lavei minha alma....beautifulday!!!!